Na quinta feira 09.01.2020 em evento organizado pela ACISB – Associação Comercial e Industrial de São Borja, a VIA BALCÃO e a DATACOMEX promoveram um painel sobre as LOJAS FRANCAS DE FRONTEIRAS, as perspectivas e oportunidades existentes a partir deste novo formato de negócio que já é uma realidade nas cidades gêmeas de Jaguarão, Barra do Quaraí, Uruguaiana, Porto Mauá e muito em breve também em Porto Xavier .
Na oportunidade o Sr. Oscar Bentancur, sócio diretor da VIA BALCÃO palestrou para um grupo de 20 (vinte) empresários locais que representaram as principais lideranças e segmentos do comércio local, destacamos os presidentes da ACISB – Sr. Wolmi Gomes de Oliveira e CDL – Sr. Neronei de Medeiros Cargnin, abordando aspectos como exigências legais para habilitação de empresas como loja franca de fronteira, tipos de produtos autorizados para comercialização – nacionais e estrangeiros, limitações comerciais (quotas, quantidades, periodicidade), sistemas operacionais aplicados para controle e gestão de vendas, estoques, fluxos de clientes, segurança e rastreabilidades.
Também foram palestrantes neste evento o Srs. José Luiz Salim e Silvio Gonçalves, sócio diretor e gerente de operações da DATACOMEX, empresa que atua no comércio internacional com prestação de serviços no segmento do comércio internacional, responsável pela gestão aduaneira dos principais “players” já estabelecidos neste mercado. Na oportunidade promoveram esclarecimentos sobre o “modus operandi” aplicado para importações de produtos destinados a lojas francas, tratamentos administrativos, cargas tributárias incidentes, obtenção de RADAR – parâmetros de análise técnica para concessão de limites aduaneiros através das submodalidades existentes, documentações, dentre outros aspectos atinentes ao processo aduaneiro.
Importante destacarmos que, diferentemente da percepção inicial de que lojas francas poderiam significar uma “ameaça” ao comércio convencional estabelecido nestas comunidades, a realidade vivenciada pelas cidades que já possuem Lojas Francas é exatamente o oposto, elas trouxeram consigo além da oferta de um mix de produtos em sua maioria não disponível no comércio convencional, também um elevado fluxo de consumidores de outras localidades e de países vizinhos, gerando um aquecimento nas vendas do comércio local como um todo pois o “visitante” além de consumir os produtos das lojas francas também consome produtos de lojas convencionais e serviços, potencializando segmentos como turismo e lazer, alimentação, hotelaria, combustíveis e outros. Este aumento de demanda gera empregos nas comunidades, maior arrecadação para os municípios, investimentos públicos e privados que realimentam o circuito, promovendo desenvolvimento econômico e beneficiando as comunidades.